30 junho 2009

Lista dos desejos





Este selinho, oferecido pela Janaína do Mais Um , é como uma corrente entre os blogs e quem recebe deve passar adiante...

As regras dele são:
1) A pessoa selecionada deve fazer uma lista com oito coisas que gostaria de fazer até o fim da vida;
2) É necessário que se faça uma postagem relacionando estas oito coisas e é necessário que a pessoa explique as regras do jogo;
3) Ao finalizar, devemos convidar oito blogs;
4) Deixar um comentário para quem nos convidou.

Então vamos lá com a lista...
Parece simples mas não é, principalmente pra mim que não sou de fazer planos.

Acho que o primeiro deles é terminar bem minha faculdade, tendo aproveitado tudo que ainda está por vir na minha formação, os estágios, as aulas, toda e qualquer experiência;

Segundo é curtir muito a região sul, onde moro agora. Sabe-se lá, nessa nossa vida nômade, até quando vamos ficar por aqui. Mas espero que por uns bons anos ainda;

Em terceiro, e à longo prazo, é ter um filho. E tempo pra cuidar dele;

Em quarto, trabalhar. Muito! E continuar meus estudos sempre;

Em quinto, e bem subjetivamente falando, quero me sentir útil. Não só no trabalho, mas em qualquer atividade ou relação. Quero, no final de tudo, sentir que vivi intensamente. E acredito que isso se valha mais das pequenas coisas do dia a dia do que de um grande feito;

Em sexto quero conhecer alguns países. Sei que não vai dar pra dar a volta ao mundo, mas um que tenho certo como escolha é a França;

Em sétimo desejo longa vida aos meus;

Em oitavo quero uma bota nova e um chinelo, porque o Zeca destruiu todos...

Os blogueiros para quem repasso o selo são:
Amanda Soares
Márcio Beckman
Bruna Matos
Dani Cabrera
Sara
Vanessa

26 junho 2009

bem concreta e verde...

estou feliz. uma alegria mansa, clara, calma, quase um suspiro.
não uma alegria eufórica, gritante, confusa, advinda das coisas que surpreendem e desorganizam, mesmo em função de um grande acontecimento!
mas sim, estou vivenciando um grande momento. e sinto a alegria de alguém que fez por merecer, de alguém que construiu aos poucos a obra que agora observa ao longe. e reconhece.
buscar reconhecimento demais fora de si, é ter falta de reconhecimento dentro. pois então é chegada minha vez de contemplar...
e estar feliz por saber que o melhor ainda está por vir, e que toda a paciência que cultivei será recompensada.
estou feliz. quieta, cá, no meu canto. mas feliz. (assim, sem exclamações...)



sophia compeagá


p.s.: uma de minhas violetas floresceu esta semana... depois de 1 ano, agora que o sol voltou a nascer na janela da cozinha e bater nelas de manhã. não é uma graça?

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"aqui em casa pousou uma esperança. não a clássica, que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. mas a outra, bem concreta e verde: o inseto"
(clarice lispector em 'felicidae clandestina').

16 junho 2009

dos laços

Existe um termo que ouço muito na faculdade e acho interessante, "amarração", que significa a capacidade de união de dois conceitos ou ainda, a união do conceito à prática. Uma coisa está amarrada quando o conceito se completa e se esclarece, principalmente conceitos que vão se complementando aos poucos até que se chegue a uma compreensão mais global do assunto, o que é comum nas disciplinas. Claro, essa é a minha amarração a respeito do termo!
De tanto ouvir e pensar sobre a estranheza da expressão, lembrei de quando era criança e de quando aprendi a amarrar meus próprios sapatos. Parecia uma coisa tão absurda na sua complexidade, e minha mãe era capaz de fazer aquele laço - que vinha depois do nó e era formado por dois outros semi-laços - numa velocidade incrível! Enfim aprendi! Mas o valor à nova habilidade não durou muito, logo passei a esconder o cadarço do tênis embaixo da palmilha, como faço até hoje, e o encanto do laço no sapato se perdeu!
Hoje penso que, mais difícil que aprender a amarrar os próprios sapatos, é aprender a desamarrá-los. No mundo subjetivo os sapatos não só deixam de servir por estarem menores que nossos pés, mas também por estarem maiores e pesados demais. E as desamarrações então se fazem necessárias.
Estou aprendendo a desamarrar os meus. Talvez com um pouco de atraso, talvez no tempo certo das minhas necessidades.
Mas aprender a desamarrar e abandonar velhos calçados é imprescindível para que se possa caminhar com os próprios pés e escolher os próprios caminhos.


Sophia Compeagá

10 junho 2009

das constatações


Deve haver um tempo certo para tudo. E não falo de destino nem nada parecido, falo sobre a gente não se dar conta de certas coisas - mesmo aquelas que estão no nosso nariz com uma seta verde-fosforescente enoooorme e piscante - até que estejamos preparados para tal.
A aceitação de uma idéia desagradável, a constatação de um fracasso ou a admissão de uma culpa só se dão quando de alguma forma a gente se sente protegido o suficiente para acolher a nova informação.
Mas há casos em que essa regra não se aplica, é quando vem a vida e nos empurra para certas situações em que somos obrigados a aceitar algumas verdades, goela a baixo, à seco, insípidas.
Como um tapa na cara a realidade se apresenta sem nenhuma sutileza.
Então a ficha cai, a casa cai, a gente cai.
'A pior queda é cair em si mesmo'.


Sophia Compeagá