Existe um termo que ouço muito na faculdade e acho interessante, "amarração", que significa a capacidade de união de dois conceitos ou ainda, a união do conceito à prática. Uma coisa está amarrada quando o conceito se completa e se esclarece, principalmente conceitos que vão se complementando aos poucos até que se chegue a uma compreensão mais global do assunto, o que é comum nas disciplinas. Claro, essa é a minha amarração a respeito do termo!
De tanto ouvir e pensar sobre a estranheza da expressão, lembrei de quando era criança e de quando aprendi a amarrar meus próprios sapatos. Parecia uma coisa tão absurda na sua complexidade, e minha mãe era capaz de fazer aquele laço - que vinha depois do nó e era formado por dois outros semi-laços - numa velocidade incrível! Enfim aprendi! Mas o valor à nova habilidade não durou muito, logo passei a esconder o cadarço do tênis embaixo da palmilha, como faço até hoje, e o encanto do laço no sapato se perdeu!
Hoje penso que, mais difícil que aprender a amarrar os próprios sapatos, é aprender a desamarrá-los. No mundo subjetivo os sapatos não só deixam de servir por estarem menores que nossos pés, mas também por estarem maiores e pesados demais. E as desamarrações então se fazem necessárias.
Estou aprendendo a desamarrar os meus. Talvez com um pouco de atraso, talvez no tempo certo das minhas necessidades.
De tanto ouvir e pensar sobre a estranheza da expressão, lembrei de quando era criança e de quando aprendi a amarrar meus próprios sapatos. Parecia uma coisa tão absurda na sua complexidade, e minha mãe era capaz de fazer aquele laço - que vinha depois do nó e era formado por dois outros semi-laços - numa velocidade incrível! Enfim aprendi! Mas o valor à nova habilidade não durou muito, logo passei a esconder o cadarço do tênis embaixo da palmilha, como faço até hoje, e o encanto do laço no sapato se perdeu!
Hoje penso que, mais difícil que aprender a amarrar os próprios sapatos, é aprender a desamarrá-los. No mundo subjetivo os sapatos não só deixam de servir por estarem menores que nossos pés, mas também por estarem maiores e pesados demais. E as desamarrações então se fazem necessárias.
Estou aprendendo a desamarrar os meus. Talvez com um pouco de atraso, talvez no tempo certo das minhas necessidades.
Mas aprender a desamarrar e abandonar velhos calçados é imprescindível para que se possa caminhar com os próprios pés e escolher os próprios caminhos.
Sophia Compeagá
2 comentários:
A condição de ser humano é um eterno fazer laço e desfazer laços, como os dos nossos sapatos que fazemos e desfazemos todos os dias, mas há quem faz apenas uma vez e consegue calça-los e descalçalos sem desfazê-los... Já eu sou um dos que faço essas "amarrações" várias vezes por dia.
Oi Sophia, estou de volta, gostaria de pedir sua autorização para colocar seu endereço de blog no meu. E pedir autorização para creditar seu nome em alguns textos que "tirei a idéia" do seu blog.
Me endereço É: http://vanribeiroretratosdocotidiano.blogspot.com/
Obrigada!!!
Espero retorno!
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