21 fevereiro 2008

Traduzir-me

Como eu os admiro, vcs escritores, que com poucas palavras e aparentemente sem muito esforço traduzem sentimentos antes tão confusos de se explicar.
Lê-los me traz companhia, mais que isso... me sinto compreendida. Muitas vezes desconfio que é de mim mesma que falam.
Pura transferência...
Ah, como eu gostaria de poder traduzir-me desta forma! Mas não tenho esta clareza, esta concordância, esta ordem.
Sou toda desordem, sou toda embaraço, sou toda complexa. Faço ganchos e me perco, dou ênfase no que não tem. Psicose pura, loucura total!
Mas que arte não a é?

Por enquanto desisti de escrever...


Sophia Compeagá
εϊз...





"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo -quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo,
não sei me entregar à desorientação."

Clarice Lispector (A Paixão Segundo G.H.)

2 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente o máximo!

Não desista de escrever...
Essa desordem,
Esse embaraço que sente quando escreve,
Traduz o sentimento, bem de leve,
Do Ser Humano, do Homem,
Perdido na angústia de Ser!

Anônimo disse...

Sophia, até ler o comentário anterior, não havia me dado conta que vc fala em desistir. Fiquei surpresa. Pensei que vc estivesse começando e não parando. Realmente escrever nem sempre é fácil. Mas vc faz isso mto bem, n conheço o seu processo de criação(q deve ser penoso pra vc acreditar q n tem dom pra isso), mas n importa, importante é o resultado, que é ótimo. Tudo que vc escreve deixa transparecer bem o tipo de pessoa que vc é.