08 abril 2009

Da sublimação (desta vez da 'sublimação química' mesmo)


Desisti de tentar ser feliz e escolhi viver.
A felicidade me soava como uma estagnação, e a obstinação em ser feliz me exigia um controle absoluto sobre atos e escolhas, e eu já não sei mais se quero fazer sempre as escolhas certas. Sem falar que quanto mais se tenta controlar alguma coisa, qualquer coisa, mais esta lhe escapa, inevitavelmente.
Por isso eu digo, felicidade mesmo, em estado sólido não existe. Felicidade é líquido, que não se vende em frascos...
O que eu quero e decido agora é viver da forma mais consciente possível.
Afinal, ser feliz é ouvir o anjinho ou o diabinho dentro de mim?

Eu escolhi viver, e escolhi impor respeito pelas minhas escolhas.
Pode até ser que a felicidade bata na minha porta em decorrência disso, mas que eu saiba que ela é passageira, e não tem morada.
Não que eu queira a infelicidade, ou que eu viva colecionando cicatrizes, só não quero me acomodar, até porque felicidade é coisa tal com a qual ninguém se acomoda. Como água, adquire a forma do seu receptório e, se a tentamos prender, nos escorre pelos dedos...
Talvez felicidade exista, mas tenha vida própria, e vague por aí visitando pessoas distraídas.


Com tudo isso o que eu quero dizer é muito simples, não quero me distrair, mas também não quero controlar. Só quero sentir que estou vivendo minha história ativamente. Para que no fim eu saiba que vivi à minha maneira, e se valer a pena, foi porque eu fiz ser assim.

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Por Sophia Compeagá

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