09 janeiro 2009

Do direito ao grito


Algumas pessoas não aceitam a felicidade, ainda que passageira. Rejeitam qualquer alegria não porque suas tristezas sejam maiores, mas porque não se sentem dignas. Preferem adotar a postura de vítima que acaba por mantê-las na dor e que, embora seja estranho, parece mais confortável do que lutar pelos próprios desejos e realmente viver.
Foi assim que aprenderam a ser, e cresceram acreditando que é isso que merecem, ou que esta é a única oportunidade que lhes cabe. Fecham os olhos para os tantos estímulos do mundo à sua volta. Morrem lentamente.
Narcisistas. Suas histórias são as MAIS dramáticas, suas vidas as MAIS sofridas.
Não se sentem amadas e por consequência não amam a si mesmas, se culpam e se punem.
Eu gostaria de saber... é possível mostrar a elas que há sim o direito à vida, ao amor, à realização dos desejos, dos sonhos? Que há a chance de construir e viver uma vida à sua maneira, que falar alto e dar gargalhadas é permitido!?
E ainda... que se tornando assim, espontâneas e verdadeiras haverá ainda mais (muito mais) chance de serem aceitas e amadas, mas que, ao mesmo tempo, não é isso que deve realmente importar?
No fundo, se colocar nesta posição desfavorável também é uma forma de se sentir especial, e de ser notado, ainda que a partir da pena do outro.



Por Sophia Compeagá
"porque há o direito ao grito, então eu grito!"

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas o que foi isso? Do nada tantos textos. Gostei!