03 maio 2008

da eternidade das coisas findas...


O que seria do mundo sem as memórias?
O que é um país sem história?
Um povo sem suas tradições?
O que seria de um neto sem um avô
que não sabe contar histórias de assombrações?
Eu sou feita de lembranças,
de histórias,
de bons e maus momentos.
Eu sou feita de sonhos,
de idéias e ideais,
de expectativas e frustrações.
Sou feita de matéria que não se toca,
de horizonte que não se alcança,
do ontem que não volta.
Eu sou feita de muitos tempos,
todos refletidos no hoje.
O tempo está em mim enquanto estou em tudo!
Entretanto me constituo sobre a minha própria ausência,
no reconhecer de um futuro que se sabe finito.
E meu fim então me cria num tempo que não é o seu.
É quando ela, a mais carente de sentido,
dá sentido a todas as coisas.
A mais carente de vida,
dá vida a todas as coisas.
Afinal, não é preciso morrer
para nascer-se denovo.
Eternos são aqueles que se sabem mortais!

Sophia Compeagá
εϊз...

Um comentário:

Amanda Soares disse...

Sophia, q bom q voltou a escrever, saudades de ler o q se passa pela sua cabeça. Bjs querida