aos olhos invisíveis que sobre ela repousavam, disse adeus.
depois de passar a maior parte da vida tentando alcançar as expectativas que acreditava ter depositadas sobre si por outros, decidiu quebrar os espelhos e seguir uma vida própria.
passara o tempo todo numa grande ansiedade por ser aceita e bem quista, por quem quer que fosse.
mal sabia diferenciar uma companhia agradável de uma negativa.
não tinha inimigos, e talvez nem amigos, todos eram metas a serem conquistadas.
neste dia desistiu de tudo, pegou estrada e seguiu adiante. rapidamente. afim de recuperar o tempo perdido.
acontece que nunca havia existido realmente tais olhos e tais expectativas. ambos eram frutos de seu desejo e imaginação.
lançou rápidas olhadelas pelo retrovisor, esperando estar sendo seguida.
ninguém vinha.
uma mistura de perda e liberdade. mais tarde soube: estava se libertando era de si mesma.
S. Compeagá