21 julho 2010

férias...

hoje eu tirei o dia pra ver filmes melosos, ficar de pijama e meia, ler poesias, escrever cartas de saudade.
mas meu vizinho insiste com esse samba que cutuca (não cutuca?) a alegria que hoje resolvi esconder. 
meu corpo vibra e quase bato com os pés. 
ninguém pode com a alegria de um samba, mesmo nesses dias hibernosos de chuva.



20 julho 2010

afins

Até os mais extremamente opostos
estão ligados pelos aspectos em que se opõem.
Quanto mais forem os aspectos,
mais afinidades terão.

12 julho 2010

Hello, Stranger!


"Intimacy is a lie we tell ourselves. If you believe in love at first sight, you'll never stop looking."

do filme Closer - Perto Demais (que eu não canso de assistir...)




08 julho 2010

eu sinto muito.


Estou tentando, juro que estou, transcrever em palavras doces e legíveis (digeríveis?) os sentimentos atravessados no meu peito. Sinto que (e eu sinto tanto, eu sinto muito...) preciso dar nome à tudo isso e também sinto, meio intuitivamente, que, por tamanha força, jorrarão palavras por todos os lados e será um trabalho árduo organizá-las no papel. Mas nem digeríveis, nem mastigáveis, daqui só saem palavrões. 
Há muito nó por desatar...e os nós são a base dos laços. Quando um laço se desfaz sempre ainda sobra um nó. 
Acabo de cometer um ato falho, por pouco não escrevo dó ao invés de nó. Me faz pensar...
E o dó seria de quem? Quem estou poupando quando seguro estas palavras entre os dentes impedindo que escapem boca afora? 
Não seria esta a razão de haver tanta coisa atravessada e acumulada, por talvez nunca terem tido vazão? 
Por que será que a gente tende à pensar que quem dá vazão perde a razão? 
Talvez não haja mesmo palavras ou nomes, talvez seja só ele: o grito. 

Sophia Compeagá

03 julho 2010

pensava eu

pensava eu que todo abraço era bom.
não penso mais.
tem abraço que acolhe. mas tem abraço que sufoca sentimento.
tem beijo que substitui palavras. mas tem beijo que cala a expressão.
às vezes o silêncio é a melhor forma de intimidade.
não o silêncio pela ausência de palavras somente, mas o silêncio da entrega.
é preciso uma certa distância para olhar olhos alheios e ser refletida por eles.

sophia compeagá